Como combater a barreira de comunicação quando é preciso lidar com a surdez, dentro da empresa?

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A surdez é um fenômeno complexo e e se apresenta em diversos níveis, pois há pessoas que sentem dificuldades de ouvir quando estão em locais barulhentos e outras que não escutam absolutamente nada. Ainda, há aquelas que usam aparelhos auditivos e escutam razoavelmente bem, mas também existem as que utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras). No entanto, todas elas enfrentam uma barreira de comunicação ao entrarem em contato com indivíduos ouvintes.

Logo, é imprescindível promover o diálogo entre surdos e ouvintes para que eles tenham a interação social necessária e de direito, como os demais seres humanos. Contudo, o preconceito e o desconhecimento referentes à perda auditiva tendem a fazer com que indivíduos e empresas os mantenham isolados, o que não é benéfico para ninguém. Desse modo, veja neste artigo como combater a barreira da comunicação no ambiente laboral.

Veja alternativas para combater o preconceito e as barreiras de comunicação com surdos, nas empresas

As organizações, geralmente, fomentam a educação corporativa para todos os seus colaboradores, investindo em cursos de relacionamento com o cliente, atendimento e gestão de conhecimento. Assim, por que não tratar sobre a inclusão social? Essa é uma boa maneira de adaptar os deficientes ao mercado de trabalho e quebrar os preconceitos existentes dentro das empresas sobre a capacidade de eles exercerem suas atividades.

Por isso, é tão importante trabalhar o mindset para que todos possam atuar juntos, com respeito e solidariedade. Logo, para iniciar uma ação que derrube essas barreiras de comunicação, os gestores podem:

  • desenvolver programas de padrinhos para acompanhar pessoas com deficiência;
  • realizar campanhas com programas e causas sociais;
  • estimular a interação entre os colaboradores;
  • utilizar plataformas que ajudam na interação entre surdos e ouvintes.

Assim, as empresas se tornarão um facilitador para que haja a comunicação entre os funcionários surdos, ouvintes e mesmo consumidores com problemas de audição, visto que, muitas vezes, eles não escrevem bem o português, porque costumam se comunicar por meio da Libras, uma língua completa, mas de modalidade muito diferente.

Entenda a existência do preconceito com as pessoas surdas

Inúmeras empresas não enxergam a relevância de dar toda a estrutura necessária para um surdo trabalhar. Muitas os contratam apenas para cumprirem a Lei de Cotas. Todavia, deixam de considerar que há pessoas com deficiência auditiva que têm graduação e até mesmo outros títulos importantes que podem agregar ao serviço da empresa. Também há companhias que só oferecem postos de baixa remuneração e deixam o profissional sozinho em suas tarefas, pois não sabem lidar com sua deficiência.

Diante disso, é preciso transformar essa cultura de segregação com estratégias condizentes, que tragam benefícios tanto para a organização quanto para o deficiente auditivo. Lembrando que, além do preconceito, esse tipo de atitude também é considerado assédio moral dentro do trabalho. O acolhimento adequado tem também a função de evitar que o surdo se sinta vítima dessa situação podendo ingressar com um processo judicial, para que todos entendam e sintam as consequências de seus atos.

Descubra a importância de adotar políticas e ações internas no combate às barreiras de comunicação

Uma das estratégias essenciais é promover a empatia com palestras, reuniões, cursos e comunicados internos, se houver no ambiente colaboradores com algum tipo de deficiência. Assim, trabalhar a conscientização de todos ajudará os funcionários a saberem como lidar com as diferenças e a encontrarem soluções que auxiliem na comunicação com a menor interferência possível. No entanto, essa mudança precisa partir dos gestores, para ensinar aos demais como agir, quebrando qualquer tipo de mito e preconceito.

Por exemplo, aos deficientes visuais, as informações podem ser passadas por meio de áudio, braile ou letras grandes, para que consigam ler. Já com os surdos, a comunicação pode ser feita por softwares de videoconferência e escrita.

Também é possível contratar um intérprete ou oferecer cursos de Libras na empresa para que mais profissionais possam auxiliar no processo, Só precisam lembrar que o curso básico de Libras fica no mesmo nível de um curso básico de inglês, por exemplo, por isso os interessados teriam de estudar mais, para se tornarem minimamente fluente na língua.

Portanto, ao incentivar e adotar uma cultura inclusiva dentro da companhia, você destruirá as barreiras de comunicação e implementará ações com valores de inclusão. Consequentemente, obterá maior produtividade e engajamento dos colaboradores, menos informações desencontradas, até com os surdos, e uma melhor imagem da organização, como socialmente responsável.

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