Vagas para PCD: saiba como funciona o processo de contratação de pessoas com deficiência.

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Geralmente, as empresas realizam a contratação de pessoas com deficiência para cumprirem as exigências da Lei, porém se esquecem que por detrás da deficiência há uma pessoa com desejos e sonhos de se tornar um profissional respeitado, com direito de crescimento dentro do mercado de trabalho. São pessoas que estudam, se qualificam para disputarem as vagas para PCD e são plenamente capazes.

No entanto, para que tenham suas metas concluídas, os departamentos de Recursos Humanos e os empresários devem vê-los com competência para os cargos.

Mas como funciona e como elaborar o processo de contratação de PCDs? Continue a leitura para entender mais sobre o assunto.

O que é a Lei de Cotas?

Lei de Cotas 8.213/91 foi instituída para a inclusão de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho formal. Ela determina que empresas com mais de 100 funcionários devem contratar de 2% a 5% em seus cargos um profissional reabilitado ou PCD de acordo com o dado:

  • até 200 empregados: 2%;
  • entre 201 a 500 empregados: 3%;
  • entre 501 a 1000 empregados: 4%;
  • entre 1001 em diante: 5%.

Quem se enquadra na Lei de Cotas?

É considerado pessoa com deficiência quem tem de forma permanente alguma perda ou anormalidade, de sua estrutura física ou anatômica e função psicológica que limite o desempenho de sua tarefa considerado normal, sendo elas:

  • deficiência física completa ou parcial;
  • deficiência auditiva total ou parcial;
  • deficiência visual total ou parcial;
  • deficiência mental;
  • deficiência múltiplas.

Contudo, a luta não é somente criar uma Lei de Cotas para que ela seja cumprida, é preciso trabalhar a promoção da Lei de Acessibilidade das PCDs ou com mobilidade reduzida ao mercado de trabalho. Inúmeros são os obstáculos enfrentados pelos deficientes, desde calçadas sem estruturasaté a falta de semáforos inteligentes para que transitem com tranquilidade pelas ruas, cheguem a uma entrevista de emprego ou mesmo ao local de trabalho.

Como elaborar o processo seletivo para PCDs?

O Recursos Humanos e os próprios empresários precisam entender que, ao selecionar uma PCD, esta deverá levar resultados para a empresa, assim como os demais funcionários, pois ela pode crescer profissionalmente. A contratação não se dará por assistencialismo, mas pela competência do deficiente. As empresas necessitam de pessoas com deficiência que sejam qualificadas, e essa diversidade promove uma série de benefícios.

Recrutamento

Ao divulgar o cargo que será ocupado por uma PCD deve haver a descrição da função que será exercida, quais as deficiências que se encaixam na vaga e quais as possibilidades estruturais que a empresa oferece e qual a condição psicológica apresentada pelo candidato para realizar as atividades de maneira satisfatória.

Entrevista

O selecionador deve fazer a entrevista naturalmente com perguntas essenciais para analisar se o candidato à vaga para PCD tem perfil, qualificação e se sua deficiência atende os requisitos da empresa. O departamento de RH deverá qualificar o selecionador para que a entrevista tenha eficiência, por exemplo, dispor de um psicólogo com conhecimento em LIBRAS para entrevistar um surdo ou disponibilizar para esse profissional uma plataforma como a SignumWeb, capaz de chamar um intérprete por videoconferência (DECRETO 9.656/2018 ) que facilitará a comunicação entre o entrevistador e o candidato.

Retorno

Depois do processo de seleção sempre dê um retorno ao candidato para que ele possa fazer uma autoavaliação e busque por outras oportunidades, caso não tenha sido aprovado. Explique o motivo honestamente e, se houver relação com sua deficiência, esclareça o porquê.

Como integrar PCDs à equipe da empresa?

É preciso orientar a equipe sobre o recrutamento de profissionais com determinada deficiência para que todos possam recebê-lo de forma agradável para integrar ao time. Dessa forma, proporcione:

  • a apresentação do novo contratado a todos os departamentos de forma descontraída;
  • um treinamento à PCD e um mentor para ajudá-la;
  • o suporte necessário a tudo que o profissional precisar.
  • o aprendizado de Libras dentro da empresa, caso seja um profissional surdo, facilitando a comunicação e/ou a contratação de um serviço de base tecnológica para chamar intérpretes virtuais, como a SignumWeb. Assim Todos poderão se comunicar com o surdo, mesmo que não saiba Libras.

Como mencionei, se a PCD for deficiente auditivo e se comunicar usando Libras, precisará de acessibilidade comunicativa. Treinar os empregados nesse idioma é importante, mas precisa anos de investimento, sendo impossível fazer isso com algumas aulas apenas. A questão aqui é mais delicada. Todas as outras PCDs conseguem se comunicar no idioma do seu país. Mas, para os surdos, há a barreira da comunicação, uma vez que falam outra língua. Eles se sentem quase como estrangeiros em seu próprio país.

Por isso, para facilitar o processo de preenchimento de vagas para PCD, procure ter profissionais capacitados para atendê-los e ferramentas tecnológicas (como softwares e plataformas de tradução) que facilitem a comunicação e a seleção.

Agora que você já sabe como funciona o ingresso de PCDs nas empresas, aprofunde seus conhecimentos e veja como atender pessoas com deficiência no mercado de consumo!

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