Quantos surdos há no Brasil? Quantos surdos há no mundo?

Quantos surdos há no Brasil? Segundo dados de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são aproximadamente 10 milhões de pessoas surdas no nosso país.  São 9,7 milhões, para ser mais exato. Isso equivale a 5% da população brasileira. Desses, 2,7 milhões são surdos profundos. Ou seja, não escutam absolutamente nada.

E quantos surdos há no mundo? De acordo com a Agência Brasil, eram cerca de 360 milhões cinco anos atrás. E esse número pode chegar a 900 milhões até 2050.

E em Belo Horizonte, ou nas outras cidades brasileiras, são quantos surdos? Com base nos dados do mesmo censo, eles representam 5% da população. Então, seria algo em torno de 125 mil pessoas em BH. Sendo assim, é possível calcular o número aproximado de pessoas surdas, na sua cidade.

Esses números serão atualizados, quando tivermos acesso ao novo censo demográfico. Ou seja, da nova pesquisa sobre o perfil da população brasileira.

Vamos entender um pouco mais sobre isso? Leia o texto até o final.

Por que é importante entender quantos surdos há no Brasil e no mundo?

Sabe-se que toda política pública e toda ação privada para solução das questões que envolvem uma comunidade, baseia-se nas pesquisas estatísticas.

Obviamente, os números representam apenas dados frios, que serão estatisticamente manipulados. contudo, podemos humanizar. Basta lembrar que se trata de vidas. E cada vida importa. Sendo assim, teremos mais empatia. Entenderemos que quem convive com esse tipo de deficiência, enfrenta muitas dificuldades. São vários desafios e barreiras a serem vencidos no dia a dia.

Alguns questionam os dados apresentados pelo IBGE em 2010.  Porém são os únicos que temos. E são dados oficiais, o que os tornam minimamente confiáveis. infelizmente o censo atual (e nem o próximo) trazem uma informação que seria muito relevante: sobre quantas pessoas com esse tipo de deficiência usam a Língua Brasileira de Sinais.  Podemos deduzir que são muitas. Afinal, além dos surdos profundos, existem pessoas com surdez moderada e até surdos oralizados, que preferem utilizar essa língua.

Por ser visual, a Libras é a língua que traz mais conforto para estes cidadãos. Afinal, eles utilizam prioritariamente a visão para interagir com o mundo. Você entende e concorda?

Sabendo quantos surdos há no Brasil é possível mensurar a necessidade de oferecer acessibilidade.

Como acolher e oferecer acessibilidade comunicativa para essa parcela da população? Eles são “iguais perante a lei”. Produzem, consomem, pagam impostos e estão sujeitos às mesmas obrigações civis e judiciais. É justo que a sociedade responda, acolhendo adequadamente.

Mesmo para os surdos que são oralizados, usam aparelhos amplificadores ou conseguem fazer leitura labial, é necessário oferecer tecnologias assistivas que promovam acessibilidade.  Afinal, eles também têm algum nível de dificuldade para se comunicar. Na internet é possível encontrar relatos de várias situações em que os surdos oralizados se sentem excluídos. Por isso, saber Libras e ter acesso a intérpretes em todos os espaços sociais, ajudaria.

Outra questão relevante é que para o aluno surdo estudar, é uma batalha! Por exemplo, quando a turma fala ao mesmo tempo ou quando o professor se vira por algum motivo, até o surdo oralizado fica confuso. E isso é apenas uma das diversos barreiras.

Imaginem agora a situação dos surdos usuários de Libras – a Língua Brasileira de Sinais. Como conseguir um atendimento digno  quando vão ao hospital, à justiça, ao banco ou a uma loja?

No médico, por exemplo, precisarão levar sempre um familiar ou amigo, perdendo a sua privacidade. E se não conseguirem esse acompanhante? Terão de se expor ao risco de um diagnóstico errado por falha na comunicação?

Libras foi reconhecida como língua da comunidade surda no Brasil.

Alguns afirmam que Libras é a segunda língua oficial do nosso país. Existe uma polêmica em torno disso, que vamos evitar. O fato é que ela foi reconhecida como língua da comunidade surda brasileira, através da Lei 10.436/02.  Entretanto, a Língua de sinais ainda é muito pouco reconhecida e valorizada.

Felizmente essa realidade já começou a mudar. Afinal, cada vez o mercado demanda por mais intérpretes de Libras. E mais pessoas se interessam por aprender essa língua. Cada vez surgem mais tecnologias promotoras e acessibilidade comunicativa entre o mercado e esse público. Seja consumidor, seja prestador de serviço.

O uso de tecnologia assistiva para acessibilidade em Libras.

Existem algumas empresas que oferecem intérpretes profissionais presenciais para acessibilidade nessa língua.

A SignumWeb, por exemplo, surge como uma inovação. Trata-se de uma plataforma digital que oferece intérpretes ou tradutores de Libras. Seus profissionais com formação acadêmica reconhecida pelo MEC.

A startup foi criada por um surdo, graduado em Sistema de Informação pela PUC Minas. Cansado de lidar com tanta barreira comunicativa, o Felipe Barros criou a plataforma de videoconferência que torna possível chamar intérpretes em tempo real, para intermediar a comunicação entre as empresas e o seu público surdo.

Percebeu qu os algo m comum com a sua empresa: a perspectiva de um modelo de gestão que inclui como estratégia a valorização da qualidade de vida das pessoas. Quando se trata de inclusão social de pessoas surdas, somos especialistas. Estamos disponíveis para conversar sobre isso.

As empresas querem incluir os surdos e a pessoa com surdez quer um mundo mais inclusivo.

É possível sonhar com um brasil mais justo e acessível para todos.  Vamos?