Muitos profissionais, incluindo os gestores de RH, não conhecem muito sobre os tipos de surdez e suas características e raramente convidam um surdo para uma entrevista de emprego porque não sabem como lidar com a situação.
Essa falta de conhecimento limita a contratação de surdos e o desenvolvimento da empresa, já que o recrutador não consegue perceber valor nesse profissional.
É justamente sobre isso que falaremos neste artigo. Vamos explicar as diferenças entre as perdas auditivas para você entendê-las de uma vez por todas. Boa leitura.
Como inicia as perdas auditivas?
Quando um bebê nasce surdo, pode ser porque a mãe ingeriu medicamentos que afetaram o ouvido, durante a gestação ela contraiu alguma doença que gera essa consequência ou o bebê herdou a condição de surdo por uma questão de genética familiar. O quadro pode ser gerado até mesmo durante um parto prematuro ou tardio.
Quanto à surdez adquirida, o indivíduo pode ficar surdo em outras épocas da vida, em qualquer idade, por um acidente, uma doença que deixa esse tipo de sequela, a ingestão incorreta de medicamentos como antibióticos, o excesso de ruídos no trabalho ou até mesmo ouvindo música alta.
Além disso, quando o indivíduo chega à terceira idade fica mais vulnerável a perda da audição. Agora, dependendo das causas, o grau de perda é maior e as limitações também, confira abaixo.
Quais são os tipos de surdez?
A surdez apresenta variações entre leve, moderada, grave, severa e até profunda, mas com situações e níveis de entendimento linguístico diferentes. Falaremos mais sobre isso a seguir.
Neurossensorial
A neurossensorial compromete as células neuronais, portanto, é mais difícil de ser tratada. Isso porque o som até faz o ouvido vibrar e chegar à cóclea, porém, os estímulos não são transmitidos ao cérebro.
Quando atinge pessoas com idade avançada, esse tipo de surdez é considerado natural. Por outro lado, se acomete aos jovens, é bastante preocupante — lembrando que isso pode acontecer pelo excesso de sons altos, como fones de ouvidos.
Em casos de a pessoa contrair uma doença infecciosa grave como a meningite, se não for descoberta e tratada com o antibiótico adequado, a bactéria pode alcançar o cérebro e prejudicar a região responsável pela audição.
Só é possível amenizar esse tipo de perda auditiva com o uso de aparelhos auditivos e implantes de orelha média. Porém, quando chegam ao nível severo e profundo, o modelo coclear deve ser adotado.
Atualmente, existem aparelhos auditivos que se autorregulam de acordo com o ambiente, seguindo o nível de ruído ou de grave que o surdo deseja ouvir. Existem também as tecnologias assistivas e comunicações inclusivas, que são práticas e cada vez mais necessárias.
Por condução
A surdez por condução é motivada por algo externo, como cotonetes, que podem perfurar o tímpano, originando uma perda temporária. Quando superficial, ela deve ser tratada com antibióticos corretos para cicatrizar o ferimento no ouvido interno.
Além disso, esse quadro também é provocado por doenças infecciosas e acúmulos de cera, que gera perda parcial da capacidade de audição entre 25 a 65 decibéis.
Mista
A surdez mista é a junção das lesões no ouvido interno e externo. Dessa vez, o tímpano foi perfurado e ocorreu a perda de células neurais, responsáveis por decodificar o som. Entretanto, a ingestão de medicamentos, como a aspirina ou alguns antibióticos, origina a infecção de ouvido — que quase sempre é difícil de ser identificada nos primeiros dias.
Porém, depois de ser sido identificada, o especialista receitará o tratamento adequado para cada situação, recuperando gradualmente a capacidade auditiva do indivíduo.
Central
A surdez central está relacionada ao entendimento, à interpretação da língua oral, o que compromete a interação e o entendimento do surdo. De fato, é um dos tipos mais complexos que existem e requer um especialista treinado.
Nesse caso, assim como os outros tipos de surdez, ela é subclassificada conforme o grau de audição, o nível e o volume que o indivíduo ouve, veja a seguir:
- leve: o deficiente auditivo ouve bem os graves, mas sente dificuldade com os agudos;
- moderada: ouve sons graves menos ruidosos e, se estiver em um ambiente com música, não compreende as falas;
- severa: o surdo não ouve a fala humana, e raramente escuta o celular chamando;
- profunda: o surdo não ouve nada. A perda profunda compromete a fala, sendo necessária a comunicação em Libras, na maioria das vezes.
Como vimos, os tipos de surdez são subdivididos e conversar com os surdos requer uma atenção especial, principalmente na compreensão. Alguns farão leitura labial e outros se comunicarão só por Libras.
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Bem eu sou deficiente auditivo neurocensorial bilateral de grau severo, como é difícil pra mim, não consigo compreender as pessoas falando, até escuto o som das falas mas não consigo entender a formação das palavras, então fico perdido no tempo, tento me aproximar o máximo possível das pessoas para tentar pelo menos lê os lábios dela, sou completamente surdo de uns metros de distância da pessoa, sofro muito, as pessoas não entendi, muitas das pessoas nao consegui falar nitidamente aí dificulta mais ainda, sim tenho aparelho ele me deixa nervoso pelo som, fico atordoada com som muito alto e as vezes baixo de mais, é muito incomodo,estou desempregado tenho 53 anos e o perfil das empresas eu não faço parte sou totalmente excluído. Muito difícil pra mim que passei a vida inteira sendo chamado de surdo de moco. Sou geraldo fim de papo
Olá geraldo. Sua história é comovente. É dificil mesmo viver num mundo que exclui. Torço pelo seu sucesso. Se quiser conversar comigo, pode mandar mensagem no WhatsApp 31 998982-4162