Preconceito linguístico: entenda o que é e como ele surgiu no Brasil

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Saber o que é preconceito linguístico é o primeiro passo para superar a discriminação. No Brasil o problema atinge principalmente a população mais carente e as regiões mais precárias do país. Até mesmo um sotaque diferente é alvo de um tratamento preconceituoso.

Além disso, diversos grupos, considerados como minorias sociais, são hostilizados por manterem diferentes formas de se comunicarem. As pessoas surdas, por exemplo, têm sido alvos constantes de preconceito e deboche, sobretudo devido à sua forma de comunicação, baseada na Libras – a Língua Brasileira de Sinais.

Pensando nisso, hoje vamos falar sobre o que é preconceito linguístico, suas principais causas e as consequências negativas para a sociedade. Continue acompanhando e confira a seguir!

Entenda o que é preconceito linguístico

O preconceito linguístico é geralmente causado pela ideia de que existe apenas uma única língua correta e isso colabora significativamente para a prática da exclusão social. No entanto, é preciso ter em mente que as línguas são mutáveis, ou seja, passam por adaptações ao longo do tempo, de acordo com as ações das pessoas falantes.

Da mesma maneira, as regras do idioma dominante, determinadas pela gramática normativa, não incluem, por exemplo, a possibilidade de uma língua viso espacial, que ainda não tem grafia amplamente utilizada. Isso vai totalmente contra a ideia de acessibilidade, tão fundamental para a inserção da diversidade na vida da população.

Conheça mais sobre o histórico da Libras

A Libras hoje é uma língua valorizada e considerada importante no contexto social e de trabalho. Mas continua sofrendo diversas barreiras e ataques. Assim, ela é alvo de preconceito linguístico, tanto no que diz respeito à necessidade de seu uso, nas diversas instâncias sociais, quanto à sua gramática que difere em muito da língua portuguesa.

A Língua Brasileira de Sinais foi criada com o intuito de possibilitar uma comunicação mais efetiva entre pessoas surdas e ouvintes. Desde o ano de 2002 ela é reconhecida por lei no nosso país, como língua da comunidade surda e conta com estrutura e regras gramaticais próprias, mesmo que muitos indivíduos pensem que ela se baseia em gestos que simplesmente devem espelhar o que é falado na língua portuguesa.

Mesmo que o reconhecimento da Libras já seja uma grande vitória na luta pela educação dos surdos, no Brasil, seu status de língua oficial não é validado na prática e ainda sofre inúmeros preconceitos, como infelizmente temos visto recentemente nas redes sociais.

Saiba quais são as principais causas do preconceito linguístico

Existem diversas causas que geram o preconceito linguístico, como a condição socioeconômica, regional e cultural dos indivíduos. Isso traz algumas consequências negativas para a sociedade como um todo e especialmente para as pessoas que utilizam outras formas de expressão, como é o caso dos surdos.

Isso significa, por exemplo, maior exclusão social e segregação, o que acaba acentuando as demais discriminações. Para contornar a situação, é fundamental que os governantes, a sociedade e a mídia se juntem para adequar o processo linguístico e levantar reflexões sobre as diferenças presentes no contexto social, elucidando como elas são importantes para as diversas variantes da forma de comunicação.

Entender o que é preconceito linguístico é fundamental, sobretudo em um país como o Brasil, no qual as diferenças de comunicação são bastante notórias entre os indivíduos. É preciso ter em mente que todas as variações linguísticas são aceitas e devem ser respeitadas enquanto valor cultural.

É mais do que urgente garantir que as pessoas que sofrem com a discriminação tenham direito a melhores condições de sociabilidade, sendo inseridas em todos os meios de convívio social.

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