Um programa de inclusão nas empresas é muito mais do que cumprir a lei 8.213/91 — responsável por regulamentar o sistema de cotas para PCDs. Neste artigo explicaremos tudinho para você.
Dentre as exigências legais, a lei rege que as empresas reservem de 2% a 5% das vagas ofertadas para pessoas com deficiência e o não-cumprimento é passível de autuação ou multas pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) ou pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
No entanto, essa obrigatoriedade tem se tornado um pesadelo para os recrutadores captarem e incluírem os profissionais com deficiência, principalmente quando são surdos.
Além disso, os colaboradores nem sempre estão preparados para recebê-los em seus círculos profissionais e aí as pessoas com essa deficiência se sentem excluídas com a situação gerada pela falta de acessibilidade comunicativa.
Pensando nisso, preparamos este artigo a fim de dar ideias sobre como tornar esse processo confiável para o recrutador e acolhedor das pessoas com deficiência.
Como implementar um programa de inclusão nas empresas?
Iniciar uma estratégia inclusiva requer uma série de ações que envolvem todas as áreas de uma empresa, principalmente, a cultura organizacional. Confira!
Antecipe a divulgação interna da inclusão social
O planejamento antecede qualquer execução e funciona do mesmo modo para a área de recrutamento com inclusão social.
Então, antes de divulgar as vagas, trabalhe a mentalidade dos colaboradores, crie e estruture pequenas palestras sobre o assunto.
Aproveite o jornal interno para colocar histórias de empresas inclusivas ou dicas para o colaborador se relacionar com uma pessoa com deficiência.
Sensibilize os diretores
Enfatize para a alta gestão a importância de não somente cumprir a lei, mas proporcionar uma cultura mais inclusiva social, emocional e fisicamente.
Fale da necessidade de buscar recursos e ferramentas necessárias para oferecer condições do profissional com deficiência se desenvolver na empresa, diminuindo o turnover (redução de custos).
Conscientize os colaboradores
Agora é a vez de focar na mentalidade do colaborador e explicar que algumas brincadeiras não são permitidas no ambiente de trabalho, principalmente se forem críticas negativas ou pejorativas.
Deixe claro para as equipes que os profissionais com deficiência têm os mesmos potenciais que eles e de fato aja como tal, oferecendo oportunidades de plano de carreira interna, valorizando essas habilidades.
A conscientização é um processo contínuo e que requer uma constante adaptação e paciência dos recrutadores.
Conheça a acessibilidade
A lei da acessibilidade veio para dar um direcionamento quanto ao espaço físico, derrubando obstáculos de locomoção, nos meios de comunicação e no dia a dia dentro das empresas. Garantindo segurança e autonomia para todos os colaboradores com deficiência.
Nesse caso, fique atento às limitações que demandarão: rampas, banheiros adaptados, braile, intérpretes de Libras ou uso de aplicativos como da Signumweb, entre outras estratégias inclusivas.
Capacite os colaboradores
É óbvio que ficar só falando não será suficiente e os colaboradores devem ser estimulados a conviverem com as diferenças.
Motive os gestores de equipes a treinarem os seus colaboradores com palestras, reuniões e debates sobre a inclusão social que sejam voltados para o olhar e sentir do outro.
No geral os programas de inclusão terão etapas contínuas de divulgação, conscientização, acompanhamento e validação de estratégias a serem implementadas.
Comece com essas dicas que falamos e analise os resultados. Aproveite e confira este artigo sobre os desafios que os surdos enfrentam no mercado de trabalho.
Um comentário em “Setembro é o mês dos surdos: vamos aproveitar para pensar em como estruturar um programa de inclusão nas empresas?”