Dia do Médico e os profissionais surdos da área da saúde.

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No Dia do Médico, gostaria de aproveitar para fazer um alerta sobre pacientes surdos. E convidar você a pensar no porquê é necessário que haja acessibilidade comunicacional durante uma consulta médica.

Você já parou para pensar que uma pessoa surda costuma perder totalmente a sua privacidade quando vai ao médico? Isso acontece porque sempre precisa levar um acompanhante ouvinte para intermediar a comunicação. Até em situações mais íntimas como ir ao ginecologista ou proctologistas é difícil para o surdo, se ele não levar um acompanhante. Afinal, é essa pessoa que auxiliará na interpretação de tudo o que deverá ser conversado entre médico e paciente.

Vamos entender mais sobre isso?

Existe uma barreira de comunicação entre o médico e o surdo.

Eliminar essa barreira e receber um atendimento digno e inclusivo é o sonho da comunidade surda. Afinal, não é tão simples ter de levar um terceiro, mesmo que seja um pai, mãe, irmão ou amigo íntimo em suas consultas. A menos que seja alguém que de fato desejamos levar, nós também não nos sentiríamos à vontade se tivéssemos de compartilhar os sintomas de uma doença, na presença de terceiros.

Ademais, essas pessoas que os surdos por vezes se veem obrigados a levar nem sempre são fluentes na língua de sinais.

Poderíamos argumentar que pelo menos conseguem resumir o que o médico falou. Mas… esse resumo seria suficiente? Será que é justo sair de uma consulta médica com informações tão limitadas? Será que é seguro sair sem conhecer a fundo o diagnóstico e entender direitinho o tratamento e os remédios que foram prescritos?

No Dia médico cabe uma informação: já existem profissionais surdos na área da saúde.

Sabia que no Brasil já temos surdos que se dedicam ao estudo da medicina? Aliás, temos vários surdos formados nas mais diversas áreas da saúde. Como fisioterapeutas, psicólogos, odontólogos etc. E Eles não atendem apenas surdos, como também pacientes ouvintes.

As pessoas podem ficar preocupadas, com receio de consultar um profissional com essa condição. Porém cabe lembrar que a única diferença entre um médico surdo e um médico ouvinte é a barreira linguística. Assim, havendo formas de remover essa barreira, tudo transcorrerá normalmente.

Óbvio que é preciso entender que algumas áreas necessitará de escuta. Mas existem tecnologias que auxiliam para fazer a ausculta. Enfim, para fazer exames que permitam inspecionar o funcionamento dos órgãos. Tanto que já é possível atendimento remoto, cujo médico fará o diagnóstico baseado em exames clínicos e de imagem, encaminhando o paciente para o presencial somente se julgar absolutamente necessário.

Então, vamos banir o preconceito? Afinal, quando o médico surdo identificar que a limitação é real, o profissional poderá recorrer a um colega da equipe, que suprirá tudo o que for necessário.

No Dia do Médico, cabe um alerta.

Por outro lado, precisamos entender que os médicos ouvintes poderiam ser também fluentes na língua brasileira de sinais.

A boa notícia é que esses profissionais já estão preocupados atender com empatia os cerca de dez milhões de pessoas surdas em todo o país. E sim, eles poderiam falar em Libras. Mas podem, alternativamente, usar uma tecnologia, uma plataforma de intérpretes de libras que auxilie na interpretação, durante as consultas.

Tudo isso é muito fácil de implementar. Basta apenas um celular, tablet ou computador com internet e pronto. Instalado um sistema, com um simples clique é possível chamar intérpretes para intermediar a consulta médica.

Por uma sociedade com menos preconceito e mais inclusão.

O Dia do Médico é mesmo uma excelente oportunidade para pensarmos em como acolher todos os pacientes de forma digna e respeitosa.

Se na nossa sociedade não cabe mais nenhuma forma de discriminação e preconceito, por que os surdos ficariam de fora dessa premissa? São pacientes como qualquer outro.

Todos gostamos de preservar a nossa intimidade, todos podemos optar pelo sigilo da informação que envolve a nossa vida, especialmente com relação ao nosso estado de saúde.

E já que o surdo precisa do intérprete de Libras, que seja um profissional habilitado, fluente, com formação reconhecida. Esse profissional inclusive pode responder criminalmente pela quebra do sigilo, no exercício de sua profissão.

A SignumWeb preza por tudo isso. Estamos habilitados para ajudar os médicos, clínicas, hospitais, laboratórios, farmácias etc. a acolherem os pacientes com acessibilidade. Tanto de forma presencial como na tele saúde.

Ficou interessado? Fale conosco sobre isso.

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