Tem espaço para os surdos no mercado de trabalho?

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Queremos aproveitar o momento, bem oportuno, para falar sobre espaço para os surdos no mercado de trabalho. Isso porque comemoramos o Dia Mundial do Trabalho em primeiro de maio.

O ideal é que haja espaço para todos aqueles que buscam uma fonte de renda digna, para sustento próprio e da sua família. É isso que desejamos.

Mas neste post queremos trazer uma reflexão sobre o espaço reservado para os cidadãos surdos. Analisaremos a sua inserção como trabalhador, ao longo da história. Ao mesmo tempo pretendemos provocar uma reflexão sobre como está a situação atual dos surdos, no mercado de trabalho.

Sabemos que aos PcDs, em especial aos surdos profundos, sempre esteve reservado no máximo o subemprego. Na época do império foram criadas oficinas para educar surdos. Nesses espaços os surdos recebiam treinamento para tarefas manuais e repetitivas, de baixa remuneração. Foram iniciativas louváveis, porque antes nem isso existia. Eram cursos de sapateiro para os homens e de bordadeira para as mulheres, citando somente dois exemplos. Tais profissões são dignas, mas… será que precisaria ficar limitado a isso?

Acompanhe nosso texto e tire suas próprias conclusões.

Para os surdos entrarem no mercado de trabalho não basta ter a formação.

Os surdos sempre tiveram pouco acesso à educação. Felizmente isso vem mudando. Agora eles já podem ter uma formação. Já conseguem frequentar uma faculdade. E, embora sejam exceções, temos relatos de surdos que concluíram uma pós-graduação ou um doutorado. Tudo isso são conquistas improváveis, até mesmo impensáveis há poucos anos.

Mas, nem sempre isso garante que a pessoa com deficiência auditiva conseguirá entrar no mercado de trabalho. Exercer as atividades fins, para as quais se formaram é quase uma utopia.

O mercado continua discriminando, negando oportunidades, desconfiando da competência do surdo.  Em síntese, isso continua acontecendo porque consideram difícil resolver a questão da barreira de comunicação.

O que isso tem a ver com libras, a Língua Brasileira de Sinais.

Os surdos oralizados sofrem preconceitos e discriminação No Brasil. Não é nossa pretensão negar essa verdade. Porém quando falamos de um surdo sinalizador a coisa fica ainda mais complicada e obscura.

Somente em 2002 a língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como língua de comunicação e expressão da comunidade surda. Isso resultou na obrigatoriedade da presença do intérprete de Libras em sala de aula para a formação. E nas empresas, para a inclusão. A obrigatoriedade alcança as instituições públicas e concessionárias de serviços públicos. As instituições privadas buscarão empreender medidas para inclusão de surdos.

Os surdos comemoraram, recentemente, 19 anos da Lei de Libras. Trata-se da lei 10.436/2002, sancionada no Governo Lula. Enfim, foi ela que abriu possibilidades de superação das barreiras de comunicação entre surdos e ouvintes.

A barreira de comunicação é o único impedimento para os surdos no mercado de trabalho.

Existe legislação que fala de cotas para PcDs onde os surdos são contemplados. Na prática, se for um surdo profundo e usuário de Libras, irão preteri-lo. As empresas não sabem nem mesmo como conduzir um processo de seleção, quando surdos usuários de Libras estão participando. Os entrevistadores não conseguem se comunicar.

Existem surdos oralizados e surdos que utilizam tecnologias como aparelhos retroauriculares, implantes cocleares e outros, capazes de auxiliar na superação do silêncio. Esses precisam e merecem o seu espaço no mercado de trabalho. Porém se o surdo não teve acesso às tecnologias ou se fez opção por permanecer num mundo silencioso, ele será julgado incapaz e corre o risco de ser descartado.

Pode-se resolver isso facilmente. Existem outras formas de comunicação que revelam o potencial do sujeito surdo.

Existem tecnologias assistivas capazes de remover a barreira de comunicação

Na era da tecnologia, quando toda a humanidade está se beneficiando, os surdos não podem ficar de fora. Assim sendo, as tecnologias assistivas para surdo foram ampliadas. Existem plataformas capazes de chamar um intérprete de Libras com um simples clique.

Numa entrevista de emprego, num treinamento, em reuniões regulares ou em qualquer outro momento é fácil chamar o intérprete de Libras no computador, num tablet ou num smartphone.

É muito simples. Basta que haja disposição para oferecer espaço ao surdo, no mercado de trabalho.

Uma questão de responsabilidade social.

Como dissemos, existe toda uma legislação que trata sobre inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Você encontrará facilmente na internet.

Aqui sempre optamos por falar de reponsabilidade social, do fortalecimento da marca, quando a empresa faz opção por acolher a diversidade.

Aceita o desafio? Podemos ir junto, dando toda assessoria necessária. Conte conosco!

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