Evasão escolar suas causas e consequências.

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Evasão escolar é um tema bem propício para ser discutido em início de ano letivo. E, dado a sua relevância, é preciso analisar cuidadosamente as causas e as consequências deste fenômeno.

A educação é um direito humano fundamental. Tanto que consta entre as metas da Agenda 2030 proposta pela Organização das Nações Unidas. Portanto, a evasão escolar precisa ser prevenida a todo custo. Afinal, ela traz graves prejuízos não somente para o aluno que some da escola, mas também para o país. Em suma, numa análise mais ampla, toda a sociedade perde quando um aluno evade da escola.

O tema será analisado, focando também no aluno surdo, usuário de Libras. que enfrenta a dificuldade extra da barreira de comunicação e que nem sempre tem à sua disposição um intérprete de Libras.

Ficou interessado no assunto? Então leia o texto até o final. 

O que é Evasão Escolar?

Algumas pessoas definem esse tipo de evasão como o ato de não retornar à escola, após o fim de um ano letivo. Defendem que se houver o abandono das aulas durante o ciclo vigente, seria uma desistência e não uma evasão.

Mas não importam os conceitos. O que realmente conta é que o aluno, por algum motivo, parou de frequentar as aulas, trazendo graves consequências para sua formação e para a sociedade como um todo.

Causas da evasão escolar.

Algo que nos inquieta é pensar na motivação para a evasão. Isto porque quase sempre está relacionada a problemas financeiros da família, com a criança tendo de trabalhar para complementar a renda familiar. Mas o desinteresse do aluno quase sempre é a causa dominante. E por trás disso existem muitos motivos.  

A evasão pode vir do fato de faltar suporte emocional por parte da família ou da escola, quando o aluno está sofrendo bullying, por exemplo. Ou pode ser por uma dificuldade de aprendizado que ele não se sente à vontade para compartilhar. Até mesmo uma gravidez não planejada poderá explicar a evasão escolar.

E se o aluno tiver algum tipo de deficiência? Se as suas necessidades especiais não forem supridas, provavelmente evadirá.

Cabe a cada escola fazer uma avaliação do fenômeno, com vistas a amenizá-lo em suas dependências.

Consequências advindas do fenômeno da evasão.

Vamos pensar nas consequências de forma mais ampla, já que o prejuízo não fica restrito ao aluno. Na verdade, toda a sociedade perde. Isto porque o número de pessoas mais bem capacitadas que entrarão no mercado de trabalho estará comprometido. A remuneração individual cai, mas cai também a qualidade do serviço prestado, em função da baixa escolaridade dos trabalhadores.

O cidadão despreparado para o mercado de trabalho provavelmente vai sofrer. Isto acontece não somente por ter de se submeter a empregos de baixa remuneração. Possivelmente este indivíduo vivenciará uma baixa autoestima que comprometerá as suas relações interpessoais.

A boa notícia é que tudo isso pode ser evitado com boas políticas públicas e boas práticas pedagógicas.

Como evitar a evasão escolar.

Estimular o interesse do estudante é uma boa prática. O aluno motivado certamente permanecerá na escola, ainda que surjam alguns empecilhos de outras ordens.

É preciso lançar mão do que temos de mais moderno. O fenômeno da tecnologia, por exemplo, chegou para facilitar a vida. E sim, a tecnologia estimula o aluno a permanecer na escola. Ela pode e deve ser usada para beneficiar o sistema educacional. O reflexo será positivo para o aluno e para a sociedade como um todo, em última instância.

Por exemplo, os aplicativos e jogos interativos despertam grande interesse do aprendiz, motivando a sua permanência no ambiente escolar. Outras ações envolvem obviamente uma reavaliação das políticas públicas, da proposta pedagógica e na metodologia aplicada em cada escola.

Uma boa notícia é que já é prática, no Brasil, a notificação à família sempre que um menor de idade deixar de frequentar a escola. Neste caso, o Ministério público pode ser acionado e o responsável legal responderá pelo fato.

Além de tudo isso, é interessante pensar no corpo docente, que deve estar igualmente capacitado e motivado. Você concorda?

Por fim, cada escola deve conhecer seus pontos fortes e fracos, buscando entender o que pode ser feito para amenizar o fenômeno da evasão escolar.

E quanto ao aluno surdo?

Em se tratando do aluno surdo, tem o agravante da barreira de comunicação. É importante salientar isso porque, de todas as pessoas com deficiência, o surdo usuário de Libras é o único que não usa o português na modalidade oral para se comunicar. E sim, a grande maioria tem dificuldades também com o português escrito.

Óbvio que existem os surdos oralizados. Entretanto estes também, se desejarem, poderão reivindicar a presença e apoio de um intérprete repetidor do conteúdo. Isso se justifica pelo fato de o professor estar distante e se movimer bastante em sala de aula. Tal fato dificulta a leitura labial, cansando o aluno, que poderá se sentir desmotivado. E por fim, também desejar evadir.

No caso do surdo profundo, usuário de Libras, haverá a necessidade de um intérprete desta língua. Neste caso a escola pode contar com um intérprete presencial ou utilizar a SignumWeb, uma tecnologia avançada, que traz virtualmente um intérprete humano, com formação reconhecida pelo MEC. Ele intermediará a aula, vertendo o conteúdo para a Língua Brasileira de Sinais.

Quer saber mais sobre como tornar isso possível? Entre em contato com a SignumWeb. Podemos somar forças no combate à evasão escolar do aluno surdo. Vamos?

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