O estudante surdo necessita de apoio para que a sua inclusão em sala de aula e a sua formação acadêmica aconteçam de forma plena e efetiva.
Mas, que tipo de apoio esses estudantes necessitam para que a sua formação educacional seja equânime, em relação aos seus pares ouvintes? Será que colocando um intérprete de Libras – a Língua Brasileira de Sinais em sala de aula o problema estará resolvido? Isso é importante, mas talvez não seja suficiente.
Vamos pensar juntos um pouco mais sobre isso?
A educação informal e seus reflexos na educação formal do surdo
A educação do surdo deveria ter o seu início já nos primeiros momentos da vida, com a estimulação precoce.
Aliás, é assim que o bebê ouvinte passa toda a sua vida: recebendo estímulos das mais variadas fontes, desde o ventre materno. Afinal a mamãe vai conversando e cantando musiquinhas para ele, desde que a gravidez é descoberta. Portanto é preciso também que seja oferecido todo tipo de experiências lúdicas para o bebê surdo e ir avançando em grau de complexidade, a cada nova fase da vida.
Uma coisa importante de lembrar é que aprendemos muito pelo ouvir. Seja até mesmo um comentário que ouvimos, sem querer, numa conversa entre terceiros, seja uma bronca que é dirigida a nós mesmos ou a um irmão, seja um elogio… tudo isso é fonte de aprendizado e vai refletir positivamente na escola.
Assim a nossa vivência vai moldando informalmente a nossa leitura de mundo. Tais conhecimentos são resgatados e atualizados na escola, através dos conteúdos ministrados pelo professor. Quanto mais rica for a nossa experiência informal, mais positivo será o nosso aprendizado formal.
Políticas públicas e educacionais para inclusão do estudante surdo.
A educação dos surdos tem sido objeto de estudo dos profissionais ligados à área da educação, bem como alvo de políticas públicas visando o adequado acolhimento e inclusão.
A Lei Brasileira de Inclusão, nº 13.146/2015, conhecida com LBI, garante a inclusão social e educacional das pessoas com deficiência. Enfim, o acolhimento e a permanência destes alunos em sala de aula, em todos os níveis de escolaridade.
Com relação aos surdos existem outras Leis, especialmente a de nº 10.436/02 e o Decreto 5.626/2005, que tratam do reconhecimento, do uso e difusão da Língua de sinais e dá outras providências.
Algumas dessas Leis são bem estruturadas e muito bem-vindas. Entretanto existem sérias críticas quanto ao nível de preparo de diretores e professores. Eles por vezes cometem a grave falha de delegar ao intérprete de Libras a responsabilidade pela formação do discente surdo.
Outro detalhe bem significativo é que o intérprete recebe a aula ministrada pelo professor e obviamente faz a interpretação a partir do seu próprio entendimento. Se ele entender errado, será dessa forma que eventualmente passará o conteúdo para o surdo. Será sempre uma aula atravessada por um terceiro. Por isso, quanto mais preparado for o intérprete, inclusive com formação reconhecida pelo MEC, menos desvantagem o surdo experimentará.
Mas, qual é a forma adequada de acolher o estudante surdo?
Essa resposta é bem complexa, porque a surdez também é um fenômeno complexo. Dessa forma, para que a educação aconteça de fato adequada, é necessário avaliar as necessidades individuais desse aluno. Mas as escolas simplesmente não estão prontas para essa atuação tão pontual.
Entretanto, não faz sentido as escolas receberem esse discentes somente porque a lei determina que seja assim. A escola precisa se esforçar para dar conta dessa demanda de forma satisfatória. Só assim cumprirá o papel para o qual existe.
Uma forma que as escolas inclusivas tentam implementar para amenizar a situação é a oferta de reforço pedagógico individual, no contraturno. Isso é muito legal, porém não acontece em todos os lugares e nem sempre contempla todos os estudantes.
Contudo existem hoje no mercado algumas plataformas virtuais que cumprem muito bem esse papel, disponibilizando profissionais de Libras que podem apoiar os surdos nesse momento. Isso inclusive é uma prática menos onerosa do que oferecer essa mão de obra de forma presencial.
Afinal, se a tecnologia chegou para ajudar, vamos fazer o uso também na formação educacional dos surdos. Concorda?
Caso tenha ficado curioso para saber como essas plataformas funcionam, estamos disponíveis para ajudar. Fale conosco. Teremos imenso prazer em colaborar para a formação do estudante surdo.