Surdez: uma Realidade Pluridimensional

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Muitos acreditam que a surdez é uma doença ou uma condição inata irremediável. Outros, talvez, podem imaginar que a surdez seja um fenômeno que acontece na velhice. No entanto, o universo da surdez é vasto e diverso, indo muito além do que se imagina.

Sendo assim, para evitar mal-entendidos, é preciso esclarecer que existem distintos tipos de surdez, alguns dos quais podem surgir na vida intrauterina ou em qualquer outro momento da vida. E, dependendo do caso, ser ou não ser reversível. Portanto, a chave para a compreensão está no momento da vida que correu a surdez e do local da lesão, no sistema auditivo.

É esse o grande desafio dos médicos: realizar um diagnóstico preciso para, em seguida, entender se haverá um tratamento capaz de restaurar a audição ou, caso contrário, pelo menos melhorar a qualidade de vida da pessoa surda.

A Surdez em diferentes cenários.

A ciência pode apontar diferentes cenários da perda auditiva. Por exemplo, ela nosensina que o ouvido se divide em três partes: externa, média e interna. A ciência explica também que é a localização da lesão que determina os diagnósticos da perda auditiva e os seus prováveis prognósticos.

Assim, yemos o diagnóstico da surdez por condução, quando o problema ocorre no ouvido externo ou médio, responsáveis por conduzir o som até o ouvido interno.

Por outro lado, a surdez neurossensorial é resultado de uma lesão no ouvido interno, que impede a transmissão do estímulo sonoro até o cérebro.

Surdez mista é a combinação de duas lesões simultâneas, uma no ouvido externo ou médio, e outra no ouvido interno.

 A Surdez central, por sua vez, é aquela causada por variações na compreensão da informação sonora. Ela é a mais desafiadora em termos de perda auditiva, pois envolve todo a capacidade mental do sujeito decifrar ou interpretar os sons. Este último tipo é o mais complexo, pois a origem do problema pode não estar nas estruturas do ouvido.

Nos demais casos, a perspectiva de lidar com a surdez é consideravelmente melhor, mesmo que isso signifique a necessidade da ajuda de dispositivos como os aparelhos de amplificação sonora e/ou a promoção da acessibilidade à comunicação por meio da língua de sinais.

Conscientização da sociedade.

Educar e sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico da surdez e da forma como devemos nos relacionar com uma pessoa surda, é fundamental. O objetivo é integrar adequadamente os surdos profundos, e aqueles com os mais variados graus de dificuldades auditivas, na sociedade. Isso evitará o isolamento que acaba gerando terríveis efeitos colaterais.

Esse fator é importante especialmente entre os idosos. Isso porque o fenômeno da surdez, nessa faixa etária, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como depressão, demência e Alzheimer.

Mas também não podemos ignorar as crianças, jovens e adultos surdos. Afinal, cada um apresentará uma demanda específica, em sua faixa etária.

Existem meios de prevenção da surdez?

Além da conscientização, quando a surdez já está instalada, é preciso adotar algumas medidas preventivas para evitar que aconteça.

Obviamente fatores genéticos podem estar envolvidos. Entretanto, certos hábitos de vida podem representar riscos. Por exemplo, é vital que evitemos a exposição a ruídos intensos por longos períodos.

Contudo, existem outros fatores, que se referem ao controle de doenças que podem acontecer durante a gravidez, como a toxoplasmose, entre outras. E ao bebê, um cuidado com administração de antibióticos ou outros medicamentos que possam lesar o nervo auditivo, é fundamental.

Em suma, o diagnóstico é importante. Mas o essencial mesmo é saber lidar da melhor forma com esse fenômeno chamado surdez.

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