Você gostaria entender como contratar intérpretes de Libras? Além disso a sua empresa é inclusiva e por isso deseja contratar esses profissionais? O objetivo é atender adequadamente seu público surdo?
Em primeiro lugar é importante saber que esses profissionais precisam ter a qualificação exigida pelo Ministério da Educação. Assim, quem apenas “sabe” Libras não é necessariamente INTÉRPRETE.
É preciso levar em consideração que se trata de atuação na tradução e interpretação de línguas de modalidades muito diferentes. Uma é oral-auditiva e a outra é visiospacial. Certamente o profissional necessitará de uma formação e de uma fluência que envolvem as duas línguas.
Vem comigo na leitura desse texto, onde eu explico tudo sobre o assunto.
Para contratar intérpretes de Libras verificar a formação é importante.
Mas afinal, qual é a formação ideal para um profissional atuar como intérprete entre Libras e Língua Portuguesa? É uma questão bastante complexa. Por vezes a pessoa tem a formação validada pelo MEC, mas não tem a fluência necessária. Ainda assim é importante comprovar a certificação e a fluência.
Se você fizer uma busca na internet, encontrará infinidade de cursos de Libras. Existem bacharelados em Letras/Libras oferecidos por algumas faculdades. Além disso temos cursos oferecidos pelos institutos federais. Outras instituições também podem formar esses profissionais. Entretanto é essencial pesquisar se o curso é reconhecido pelo MEC. Esse reconhecimento valida a atuação do profissional.
Existem, por exemplo, cursos de Libras oferecidos como atividades de extensão nas universidades. Esses cursos são interessantes. Afinal, conhecimento nunca é demais. No entanto não são suficientes para comprovar formação. Para atuar como intérprete. A menos que o candidato passe por uma banca de avaliação de uma instituição reconhecida pelo MEC.
Por que para contratar intérpretes de Libras apenas a formação não é suficiente?
Os cursos de formação são bem estruturados. Eles preparam os seus alunos para trilharem esse caminho entre Libras e a Língua Portuguesa. Entretanto, estamos falando de tradução entre línguas dinâmicas e complexas. São línguas que estão em constante movimento. Assim, a experiência adquirida pela prática de tradução é indispensável para este profissional.
É possível que um estudante conclua um curso e tenha a fluência e experiência necessárias. Especialmente se o estudante conseguiu aliar os estudos com a prática. Isso pode se dar através da interação com a comunidade surda. Igualmente é importante a troca de experiências com profissionais que já atuam na área.
Porque um treinamento em libras não é suficiente.
Sabemos que a pessoa pode ser falante de uma língua sem, entretanto, apresentar a fluência desejável para atuar como intérprete e tradutor. No caso da Libras não é diferente. Em outras palavras, se o profissional foi treinado por sua empresa, mas não tiver fluência e experiência, a sua atuação ficará comprometida.
Por exemplo, imagine a situação se você é gestor de um hospital e seu paciente surdo precisa de uma consulta médica. Se ao invés de um intérprete experiente, for disponibilizado alguém que sabe um pouco de Libras (porque recebeu um treinamento), será notório o prejuízo. Que problemas serão gerados se durante a consulta se fizer interpretações erradas? Obviamente os equívocos na tradução colocarão em risco a vida do paciente surdo. Em suma, também poderá comprometer de forma perigosa a atuação do médico.
Essas situações acontecem em todos os âmbitos, seja qual for a sua empresa. Inclusive na educação. É muito comum ver profissionais sem experiência, assumindo a interpretação em escolas. Os prejuízos são enormes. E muitas vezes passam despercebidos. Então os surdos levarão para a vida as informações incompletas ou incorretas.
Até mesmo numa loja. O vendedor poderá perder vendas se o cliente for um surdo usuário da língua de sinais. Nesse caso seria conveniente que o atendente soubesse Libras. Ou, se pudesse usar uma plataforma, uma tecnologia assistiva, para chamar o intérprete de Libras.
Em conclusão, é muito importante entender que não basta treinar seus empregados nessa língua. Afinal, o investimento de tempo é o mesmo exigido para dominar outras línguas.
Comprovação de proficiência.
Uma questão bem polêmica é que as empresas insistem em cobrar o exame Prolibras, como única avaliação da proficiência em Libras. Entenda isso. O Prolibras foi aplicado num intervalo de tempo limitado no Brasil.
A ideia era promover esta avaliação por dez anos, a partir de 2005. A finalidade era de certificar os profissionais que já tinham conhecimento e já atuavam com a Libras. Entretanto não tinham formação comprovada. Isso foi feito justamente por não existir ainda uma legislação sobre o tema. Ou seja, apesar de ainda não existirem cursos específicos de formação de intérpretes, já havia muitos profissionais atuando no mercado.
A partir da Lei 10436/02 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e do decreto 5626/05 que a regulamenta, várias diretrizes foram implantadas. Dentre elas, a criação desse exame de proficiência para avaliar as competências dos intérpretes de Libras.
Nesse ínterim, muitos profissionais foram certificados. Porém, desde 2015 o Prolibras não é mais aplicado. Consequentemente deixou de ser a única forma de validar a proficiência em Libras. Hoje os profissionais que buscam comprovar a sua proficiência em Libras precisam passar por alguns desses cursos reconhecidos pelo MEC. Ou por bancas de avaliação aplicada em cada estado, com reconhecimento dessa instituição.
É importante salientar que o certificado do Prolibras não perdeu a validade. Ele apenas deixou de ser o único meio para esta comprovação.
Legislação que trata desse assunto.
Existe legislação que trata da formação e da atuação do intérprete e tradutor. Além disso os profissionais seguem orientações de um código de ética profissional. São elas que regem todo o processo de tradução e interpretação.
No decreto 5.626/2005 encontramos algumas importantes diretrizes. Esse decreto regula a lei 10436/2002. Ela trata da Libras como Língua oficial da comunidade surda brasileira. Trata também da obrigatoriedade de as empresas oferecerem acessibilidade aos surdos.
A lei 12.319/2010 regulamenta a profissão de intérprete de Libras. E discorre sobre as atribuições deste profissional. É importante atentar para o fato de que, segundo essa lei, os profissionais podem ter apenas ensino médio. Desde que tenham fluência comprovada por uma instituição reconhecida.
Para mais detalhes sobre a legislação, é possível acessar todas essas leis e decretos na internet.
Conheça a Tabela de Referência, para contratar intérpretes de Libras.
Existe uma lista que traz as referências de honorários para cada tipo de serviço prestado pelos intérpretes de Libras.
A tabela contempla os vários contextos de atuação do intérprete. Fazendo uma rápida consulta é possível perceber que esses profissionais podem atuar em salas de aula, palestras, eventos, propagandas políticas, tradução de textos, janelas de Libras e outras atividades. A atuação pode ser presencial ou on-line. Por isso, cada tipo de serviço tem um valor pré-estabelecido que deve ser observado.
Valorização necessária.
Uma questão bastante polêmica diz respeito à valorização dessa mão de obra. Alguns insistem em pensar que se trata de um serviço beneficente de assistência ao surdo. Em síntese, que a mão de obra deveria ser voluntária. No passado, era assim que funcionava. Entretanto, com a legislação implementada, os profissionais têm buscado a valorização da profissão.
Hoje existe todo um investimento na formação desse profissional. Tal qual os intérpretes entre outros pares linguísticos. Assim, todos reivindicam e merecem respeito e valorização.
Já compreendemos que este profissional precisa de qualificação. E eles têm buscado se qualificar. Sendo assim, nada mais justo do que honrar as horas de estudos e dedicação. Então vamos disseminar a informação de que essa é uma profissão reconhecida e regulamentada.
A SignumWeb pode ajudar a sua empresa. temos um grande time de intérpretes profissionais de Libras que foram aprovados em nosso processo seletivo. Eles são fluentes, possuem curso reconhecido pelo MEC e são avaliados a cada chamada interpretada. Para saber mais, clique aqui.
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