O trabalhador surdo tem encontrado espaço no mercado de trabalho? Segundo relatório de auditoria fiscal do Ministério do Trabalho “mais de 79 mil trabalhadores surdos têm carteira assinada no país”.
Sendo assim, o mercado formal tem absorvido a mão de obra de trabalhadores com surdez. Inclusive os estudos afirmam que é a segunda deficiência com maior nível de empregabilidade, no Brasil.
Entretanto, considerando que existem mais de 10 milhões de surdos no nosso país, a discrepância é enorme. Além disso, é importante saber qual o grau de comprometimento de perda auditiva que esses trabalhadores presentam. É que, na prática, por causa da barreira de comunicação, as empresas dão preferência para graus de surdez de leve a moderada. Isso por si só não é um problema. A questão é entender por que os surdos profundos costumam ser preteridos. Afinal, a máxima mundialmente defendida, na atualidade, é que não deixemos ninguém para traz. Você concorda?
Continue a leitura e entenda mais sobre esse importante assunto.
Em quais áreas o trabalhador surdo tem sido alocado?
Outro dado importante, que merece investigação, é saber a condição desses indivíduos. São surdos oralizados? Quantos deles usam Libras – a língua Brasileira de Sinais, para se comunicar? Em quais áreas estão alocados?
O ministério do trabalho afirma, com base nas suas pesquisas, que as áreas onde os trabalhadores surdos mais atuam são: “auxiliar de escritório com 6.898 trabalhadores, seguido por alimentador de linha de produção (5.341); assistente administrativo (4.205); faxineiro (3.815); repositor de mercadoria (2.473); almoxarife (1.878); trabalhador de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas (1.314); e operador de máquinas fixas em geral (872)”
Cabe reflexão sobre o porquê de os postos mais bem remunerados não serem acessados pelos trabalhadores surdos. Será que o plano de carreira não os tem contemplado? Por qual motivo?
Quais são as barreiras que o trabalhador surdo enfrenta?
É preciso reconhecer que todos os trabalhadores com alguma deficiência, enfrentam barreiras. A mais terrível delas é a chamada barreira atitudinal. Essa barreira é invisível e, por vezes, difícil de detectar. Ela é a verdadeira responsável pela exclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Ou seja, se pesquisarmos detalhadamente, veremos que ainda prevalece certa atitude preconceituosa e discriminatória em relação à PCD.
Podemos nos unir para mudar essa realidade. Aliás, muitas empresas já fazem isso, acolhendo a diversidade e enriquecendo seu quadro funcional. Essas instituições entendem que precisam preservar sua imagem de empresa socialmente responsável. Sendo assim, elas abraçam conscientemente as metas do milênio. E acolhem com prazer as novas práticas de Governança Ambiental, Social e Corporativa.
O que a lei fala sobre o tema.
Não é por força da lei que as empresas privadas e os órgãos públicos devem receber essas pessoas. Não é mesmo?
Entretanto é preciso conhecer e aplicar a legislação sobre o tema. Por exemplo, o estatuto da pessoa com deficiência, ou seja, a Lei 13.146/05. Essa lei prevê que os gestores públicos federal, estaduais e municipais são obrigados a oferecer acessibilidade. Sob pena de responderem por crime de responsabilidade.
O Ministério do Trabalho tem fiscalizado as empresas e autuado aquelas que não cumprem a legislação. As penas aplicadas podem chegar a aproximadamente R$ 285.000,00. Esse valor varia, conforme o tamanho do estabelecimento e o número de vagas não preenchidas.
Outro tema tratado na lei se refere à necessidade de adaptações e do uso de tecnologias assistivas. Isso é fundamental para que o trabalhador se adapte, sem dificuldades, às suas atividades laborais. É preciso ficar atento, porque a ausência dessa providência torna a multa bem mais pesada.
O que fazer para solucionar a questão?
E quanto à discrepância entre os 10 milhões de brasileiros surdos e os 97 mil postos de trabalho que ocupam? Que fazer para solucionar a equação?
Os surdos são como se fossem estrangeiros no seu próprio país. Especialmente se forem usuários da língua de sinais, uma língua de modalidade muito diferente de qualquer outra língua oral.
Para que a inclusão seja possível, existem tecnologias assistivas que podem facilmente ser disponibilizadas, solucionando definitivamente a barreira de comunicação.
Quer saber como? Entre em contato com a Signumweb. Será um prazer fazer essa jornada de inclusão de trabalhadores surdos, junto com a sua empresa. Vamos?