Para falar de inclusão social de pessoas com deficiência, do cego em especial, lembramos que no final do século XIX e o início do século XX foram épocas que trouxeram grandes avanços para a humanidade no campo da ciência e da tecnologia. Entretanto, no começo dos anos 1800, houve um acontecimento não tão divulgado que proporcionou a melhoria da qualidade de vida das pessoas cegas: a criação do sistema Braille de leitura e escrita.
Como a invenção é muito importante, foi criada uma data para que mais pessoas entendessem a sua relevância: o Dia Mundial do Braille. Que tal descobrir como ele foi instituído? Continue a leitura e conheça melhor a história desse acontecimento!
Como surgiu o Dia Mundial do Braille?
O jovem francês Louis Braille lidou com um grande obstáculo para alcançar seus objetivos na vida: ser cego no início do século XIX. Se hoje a comunidade de pessoas cegas ainda enfrenta dificuldades quando o assunto é a inclusão, aquele rapaz tinha um desafio enorme diante de si: ter a mesma oportunidade que os outros tinham de se desenvolver.
Cego desde os três anos de idade, presenteou o mundo com um grande avanço quando chegou aos 20 anos: o sistema Braille de leitura e escrita. A partir de seis pontos em alto-relevo dispostos em duas colunas verticais, o jovem criou combinações que representam letras e números, bem como simbologias científicas, musicais, fonéticas e de informática.
Como Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809, a data foi escolhida para ser o Dia Mundial do Braille. Visto que o sistema se mostrou tão útil, rapidamente passou a ser utilizado no mundo tudo.
Qual é o papel dessa data na inclusão social de pessoas cegas?
É verdade que a internet trouxe uma facilidade que não existia antes: a possibilidade de consumir todo tipo de conteúdo em áudio. Esse formato realmente ajuda muito no aprendizado e permite que pessoas cegas ou com visão reduzida se mantenham informadas e estudem sobre quase qualquer assunto.
Entretanto, o sistema Braille é fundamental para que as crianças cegas sejam socialmente incluídas desenvolvam no mesmo ritmo dos colegas. Acontece que o aprendizado de matemática, física, química e música, por exemplo, depende muito do conhecimento e do domínio dos símbolos, o que não pode ser feito só por meio da audição.
O bom é que a conscientização proposta pelo Dia Mundial do Braille realmente tem funcionado. Por exemplo, no Brasil existe um programa chamado Livro Acessível, que tem o objetivo de fornecer livros didáticos em Braille aos alunos cegos.
Recentemente, o Ministério da Educação, em conjunto com a Comissão Brasileira do Braille, publicou a Grafia Química Braille, a fim de atender às necessidades de alunos e professores. Outro avanço são as cotas para a entrada de pessoas com deficiência visual nas universidades, implementadas desde 2017.
Inclusão social: quais desafios ainda precisam ser superados?
Antes existiam dificuldades como o alto custo de produção de materiais em Braille, mas isso já foi superado. Entretanto, a falta de acessibilidade continua sendo um desafio. Por exemplo, para as pessoas cegas, até mesmo atravessar um cruzamento com semáforos é um problema.
Na verdade, muitas vezes nem a família sabe como conviver com uma pessoa que não enxerga. A comunidade precisa aprender a levar em conta o potencial dos cegos, e não apenas seus impedimentos. Inclusive, a própria legislação guarda resquícios de assistencialismo, ao mesmo tempo não garantindo os direitos fundamentais. Por isso, apesar dos avanços, a luta continua.
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