Avatar da inteligência artificial é um uma figura gráfica animada que aparece em alguns sites. Explicando de forma muito simples, é um personagem virtual, construído com o objetivo de interagir com os humanos. Certamente você já percebeu que ele está cada vez mais presente na nossa vida. Nós o encontramos facilmente, quando navegamos na internet.
O avatar funciona como uma nova geração de mascotes corporativos funcionais. Para desenvolvê-lo, usa-se a famosa inteligência artificial. Isso significa que ele funciona por meio da utilização de algoritmos. Assim, ele é treinado para que realize muitas das atividades que antes eram inerentes somente a nós, seres humanos.
Para que esse tipo de desenvolvimento seja possível, os cientistas da computação utilzam padrões de redes neurais. Desta forma, torna-se possível o reconhecimento de voz, imagens e textos. Daí, a partir de um conjunto de dados coletados, é possível replicar esse conhecimento das mais diversas formas.
Mas, será que eles dão conta de substituir os tradutores e intérpretes humanos de Libras? Continue lendo e tire suas próprias conclusões.
O avatar da inteligência artificial está cada vez mais presente.
Já sabemos que a substituição de robôs pela mão de obra humana é um movimento irreversível. A proposta é até interessante. Isto é, liberar as pessoas para trabalhos menos braçais e mais intelectuais.
O argumento é que a inteligência artificial beneficiará a humanidade das mais diversas maneiras. É muito mais fácil e seguro, por exemplo, que um robô execute uma delicada cirurgia. Ou uma operação para corrigir falhas em equipamentos no fundo do mar. Você concorda? Entretanto, a grande sacada será entender o limite de atuação dessas máquinas.
É urgente que se faça algumas reflexões sobre os possíveis riscos que a humanidade corre, com a corrida desenfreada por desenvolvimento da inteligência artificial. Afinal, tudo tem seu lado positivo. Por exemplo, a redução das desigualdades sociais, pelo compartilhamento mais democrático de informações. Por outro lado, tornou-se mais fácil a disseminação de notícias falsas, que pode até mesmo provocar uma guerra entre os povos.
É preciso parar para avaliar todas as implicações, todas as variáveis. Isso é essencial para que nos mantenhamos em segurança.
Uma trégua no desenvolvimento da inteligência artificial.
Verificamos nos últimos meses que vários executivos e especialistas da área estão defendendo a suspensão, por pelo menos seis meses, no treinamento de sistemas que usam a inteligência artificial. A exemplo do ChatGPT.
Entre outras implicações, os especialistas apontam que, com o avanço da tecnologia, os robôs podem por exemplo, começar a se replicar. Independente da atuação humana.
Isso é grave. Em suma, implicaria na perda da nossa autonomia de decidir o que nos serve ou não. Será que vale a pena arriscar?
Se esse movimento é irreversível, precisamos encontrar uma forma de colocar limites. Você concorda?
Avatar da Inteligência artificial X intérpretes de Libras.
E quanto aos intérpretes e tradutores de Libras, que é o tema dessa postagem?
Já temos visto que a inteligência artificial alcançou esses profissionais. Assim, tem proliferado avatares que se propõem interpretar e traduzir textos em Libras. São linhas de desenvolvimento fáceis de aplicar em sites e textos. Os avatares de Libras são uma opção relativamente barata e atrativa. Eles agradam muito aos ouvintes. Entretanto entre os surdos, que são os usuários finais. não há muita aceitação.
Ocorre que existem funções cognitivas que ainda não pertencem à máquina. Daí cabe a pergunta? É possível ao avatar demonstrar sensibilidade numa interação comunicativa? Devemos concordar que neste aspecto os humanos ainda ganham da máquina. Não é mesmo?
Por fim, considerando que uma comunicação envolve emoção, análise de contexto, uso de metáforas e ironias, fica a pergunta: qual o risco de um avatar interpretar equivocadamente o texto? Existe a possibilidade de passar uma “falsa verdade” e colocar o surdo em situação de risco?
O que diz a lei sobre o intérprete de Libras?
A Lei de Libras, número 14.236/02 e o Decreto 5.626/05 Tratam do tema da surdez, da Língua Brasileira de Sinais e dos intérpretes de Libras.
A Lei define, por exemplo, que as empresas treinem 5% dos seus empregados em Libras. O objetivo é disseminar conhecimentos sobre os surdos e sua língua. Entretanto, na hora de prestar o atendimento, ela determina que seja feito por intérpretes profissionais fluentes na língua.
Contudo, sabemos que não há profissionais suficientes para atender tantas demandas, no nosso país continental.
Mas, se a sua empresa quiser sair na frente, fazendo realmente a diferença, converse com a SignumWeb. Usando a própria tecnologia, encontraremos juntos uma alternativa aos avatares.
Que acha da ideia? Vamos tentar?