Museus acessíveis para os surdos.

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Vamos falar aqui de museus acessíveis aos surdos, lembrando que o Dia Internacional dos Museus é comemorado anualmente em 18 de maio.

Os museus são ricos espaços culturais, onde são apresentadas exposições de obras de arte clássica, moderna ou contemporânea. São espaços privilegiados onde o visitante tem contato com os mais diversos artistas, com os seus variados temas e estilos. As mostras podem ser permanentes, temporárias ou itinerantes. Porém todas são muito interessantes.

O objetivo dessa data é atrair a atenção da população, revelando a importância do hábito de conhecer a história de um povo, revelada através dos acervos expostos nos museus, em todo o mundo. Afinal, a nossa história passa muito pela arte que produzimos.

Como aqui no blog eu sempre tratamos de acessibilidade para surdos, vamos entender como eles podem ter acesso a tudo isso?

Os museus brasileiros são acessíveis para os surdos?

Um museu precisa ser acessível para todos. Ricos pobres, pessoas com ou sem deficiência motora, sensorial ou intelectual têm o direito de visitar, de acessar esses espaços artísticos e culturais.

Um museu acessível é aquele a que todos podem usufruir sem empecilho ou entraves. No caso do surdo, é aquele que oferece acessibilidade comunicativa através de profissionais intérpretes de Libras. Alguns deles já oferecem essa acessibilidade, no Brasil. Porém muitos outros ainda ignoram essa possibilidade.

Já existe toda uma legislação que trata do tema da acessibilidade, mas prefiro abordar esse assunto no viés da empatia e da responsabilidade social. Afinal, a história é nossa e todos e todos precisamos acessá-la, não é mesmo?

Museus acessíveis geram empatia do público em geral.

Às vezes as instituições entendem a acessibilidade como um custo, quando na verdade deveria ser percebido como investimento. Porque ampliaria o alcance, incluiria um público maior e geraria empatia em todo o público envolvido.

No caso específico dos surdos a oferta da acessibilidade comunicativa poderia incluir cerca de 10 milhões de cidadãos. Sem contar seus familiares e simpatizantes da causa, isso aumentaria exponencialmente o número de visitantes nos museus.

A sociedade já entender que as instituições precisam remover as barreiras de acessibilidade, das arquitetônicas às atitudinais. Afinal, a discriminação não cabe em nenhum espaço.

Como tornar os museus acessíveis aos surdos?

Por não lidarem com frequência com a surdez, as instituições não sabem como fazer com que seus eventos sejam acessíveis para esse público. Às vezes argumenta que eles deveriam levar seus intérpretes. Isso seria o equivalente a dizer que o cadeirante tem de construir a própria rampa ou o cego colocar o piso tátil.

Mas… será que seria necessário que o museu contratasse um intérprete presencial que ficaria disponível o dia todo esperando a chegada de um surdo? A resposta é não! Com a chegada da tecnologia, isso não faria mais sentido.

Em Belo Horizonte temos um exemplo do Museu Mineiro, que utiliza tecnologia de ponta para que todo o seu acervo seja disponibilizado ao visitante surdo. Sendo assim, ele acessa o espaço com liberdade e autonomia, usando o seu smartphone para obter informações de cada obra exposta.

Tenho o orgulho de dizer que a SignumWeb, em parceria com a SECULT – Secretaria de Turismo de Minas Gerais, tornou tudo isso possível.

Procure-nos e explicaremos como funciona. Você entenderá que é mais simples que imagina.

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