Dias das mães ouvintes e das mães surdas.

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Dias das mães é a segunda data mais comemorada pelo comércio. Sabe-se que em termos de vendas, perde somente para o Natal. Esse é um momento esperado por todos, para homenagear, de forma mais ostensiva, àquela que é capaz de dar a própria vida pelos seus filhos.

A homenagem é justa. Devemos reconhecer que sem a figura materna a humanidade não progrediria. Afinal, ela é a responsável por dar à luz. Não dá para contestar essa verdade, não é mesmo?

Óbvio que precisamos reconhecer a tendência atual a uma maior participação dos pais. Mas é a mãe quem dá o primeiro e mais importante alimento. E, salvo exceções. ainda é ela quem conduz o pequeno aprendiz pelas veredas da vida.

Mas… por que falar especificamente das mães surdas, neste dia? Leia o texto até o final e você entenderá.

Porque falar de mães surdas, no Dia das Mães?

Precisamos aproveitar o Dia das Mães para lembrar das mães surdas. O objetivo é alertar sobre as dificuldades extras vividas por essas mães, em função de estarem privadas da audição. A começar pelo pré-natal. Afinal, ele é realizado sem as orientações adequadas, em função da total ausência de acessibilidade entre a paciente e seu médico.

No momento de realizar um ultrassom, por exemplo, ela não ouvirá extasiada as batidas do coração do seu filhinho. Também lhes está vedada o acesso direto às informações sobre o desenvolvimento do bebê que está no seu útero. Na hora do parto, não será diferente.

E até no Dia das Mães, essas mães se sentem excluídas, de alguma forma. Porque mãe também é filha. E precisa comprar presentes para sua própria mãe.

Daí vem a grande questão. Será que no Dia das Mães os filhos surdos encontram acessibilidade no mercado? Você sabe a resposta.

O mercado está preparado para acolher adequadamente?

É fácil perceber as dificuldades vivenciadas por um surdo, ao tentar realizar sozinho uma compra, seja em uma loja física ou virtual. Não há acessibilidade.

Daí o surdo perderá autonomia e privacidade. Isso porque necessitará do apoio de um amigo ou familiar, para ir às compras. Como essas pessoas nem sempre estarão presentes, o surdo perde também a sua liberdade e autonomia.

Pense que para comprar um simples sapato é necessário perguntas e respostas. Seja sobre número, cores, valores, qualidade do produto etc. Ou seja, onde um ouvinte precisa conversar, o surdo também necessitará. Mas não é bem assim que tem acontecido.

É preciso empatia. Afinal, o surdo não escuta, mas no momento da comprar é o vendedor quem precisará “ouvir” o que o cliente surdo precisa comprar. Você concorda?

Contudo o comercio não está preparado para ouvir o surdo. É preciso boa vontade e esforço extra da sociedade, para mudar tão dura realidade.

Que fazer para incluir as mães surdas?

Diante do exposto, e já que estamos falando do Dia das Mães, cabe a pergunta sobre inclusão social das mães surdas.

Acontece que hoje é muito fácil e barato romper a barreira de comunicação entre surdos e ouvintes. Afinal, a tecnologia chegou para ajudar, não é mesmo?

Funciona assim: com um simples clique é possível chamar um intérprete humano, um profissional que domina de forma fluente a língua de sinais. Ele intermediará a comunicação. Isso pode ser feito em qualquer espaço social, utilizando apenas um smartphone tablet ou computador.

É como chamar o UBER. Uma equipe de intérpretes, espalhada pelo Brasil, pode atender sua chamada e solucionar pontualmente, sem agendamento prévio, a barreira de comunicação entre um vendedor e um surdo, no momento de comprar presentes para sua mãe. Vamos tentar?

Fale conosco. Teremos prazer em auxiliar nesse desafio.

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