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Surdo ou portador de deficiência: qual terminologia devemos usar?

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Surdo ou portador de deficiência: qual terminologia devemos usar?

Surdo ou portador de deficiência? Como fazer referência a uma pessoa que nasceu surda ou adquiriu essa condição ao logo da vida,  que apresenta uma ou múltiplas deficiências? Essa é uma questão que inquieta muita gente e causa dúvidas. … Qual terminologia devemos usar para a surdez?

Surdo ou portador de deficiência: qual terminologia devemos usar?
Imagem: Creative Commons

Historicamente, podemos perceber que foram utilizadas diversas palavras, cujos significados tinham valor naquele período. Até serem questionadas, taxadas como pejorativas e abandonadas. Agora que já superamos alguns preconceitos e sabemos o quanto essas pessoas são capazes, produtivas e participativas, entendemos que isso precisava mesmo evoluir, pois eram termos bem pouco apropriados.

Qual expressão é politicamente correta? Qual identifica melhor o sujeito com essa deficiência, caracterizando a sua condição? É surdo ou portador de deficiência? Vamos analisar a trajetória de algumas dessas terminologias. E seus significados, utilizados numa tentativa de se fazer referência às pessoas com deficiência no Brasil.

Felizmente, estamos evoluindo, mas é preciso entender como isso aconteceu ao longo do tempo.

Surdo ou portador de deficiência: terminologias variadas

Convidamos você a avaliar e tirar suas próprias conclusões!

  • Inválido: indivíduo sem valor, inútil, peso morto.
  • Incapaz: sem capacidade de contribuir para a sociedade.
  • Defeituoso: indivíduo com deformidade ou que não causa um bom efeito.
  • Excepcional: pessoa diferente, que não é igual às outras.
  • Deficiente: sujeito em quem falta eficiência.
  • Pessoa deficiente: o termo deficiente virou um adjetivo que qualifica o sujeito.
  • Portador de deficiência: a pessoa “carrega” uma deficiência?
  • Pessoa com necessidade especial: quem não tem?
  • Pessoa com deficiência: qual deficiência? Em que área? Seria generalizada?

Embora ainda seja largamente usado o termo “pessoa com deficiência”, há uma tendência de que esses sujeitos prefiram ser identificados pela deficiência que possuem. Porque isso delimita, revela claramente em que área ele é deficiente. Liberando a ideia de que é eficiente, capaz de qualquer outra coisa fora da esfera da sua limitação.

Surdo quer ser chamado de surdo mesmo.

Assim, no caso do surdo, ele gosta de ser chamado de surdo mesmo. Essa é a sua condição! E não tente amenizar chamando de “surdinho”. Mudinho, então, soa ainda pior. Até porque suas cordas vocais estão intactas e ele é, sim, capaz de emitir sons. Além disso é capaz de falar, usando Libras.

O objetivo da SignumWeb é nutrir a sociedade com essas informações que julgamos relevantes para a superação de idéias preconcebidas. Queremos mesmo provocar essa reflexão.

O surdo é surdo, ponto. Acabou a polêmica!

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