A diversidade é uma pauta universal e, consequentemente, ela reflete também no mundo corporativo. Cresce cada vez mais a necessidade de colocar em prática a liderança inclusiva, ou seja, que está sempre em busca de abraçar e capacitar todos, independentemente de raça, religião, deficiência, gênero ou orientação sexual.
Não se trata apenas de uma questão social. A inclusão tem impacto direto em resultados positivos para uma empresa. Membros de um time liderado por alguém inclusivo estão 17% mais propícios a relatar que obtêm alto desempenho nas demandas. Na prática, isso representa desenvolvimento!
Neste post, falaremos um pouco mais sobre como a liderança inclusiva pode ser importante e de que modo ela é aplicada em um ambiente de trabalho. Confira!
A importância da diversidade nas empresas
Por mais que o marketing já tenha atentado bem mais cedo para a importância da diversidade, assimilando isso a suas ações, quando se trata dos processos internos das empresas, esse tema levou muito mais tempo para entrar na pauta, e ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Até um passado recente, incluir não era visto como uma necessidade, o que gerou um abismo dentro das empresas, geralmente compostas por pessoas sem deficiências, brancas, do sexo masculino e heterossexuais.
A percepção desse cenário e o aumento das discussões sobre diversidade representaram um avanço muito considerável no que diz respeito às ocupações de espaço no mercado. A mudança de postura representa o caminho de evolução que a sociedade tenta percorrer, o que diretamente vai impactar a maneira como a inclusão é feita no mercado de trabalho.
No entanto, para que isso aconteça, é necessário preparar departamentos de RH e até mesmo a cultura organizacional das empresas. A liderança inclusiva é um elemento indispensável que fará com quea teoria de ter um time diverso se concretize no cotidiano da companhia. É preciso sair das ideias e fazer essa perspectiva funcionar.
Ambiente acolhedor graças à igualdade
Estabelecer a igualdade não é definir uma visão única sobre as pessoas, como se elas fossem realmente incluídas em um padrão. Trata-se de realmente saber que liderar uma equipe é lidar com pessoas com diferentes limitações, personalidades, origens e capacitações.
No entanto, a busca é para que, mesmo em meio a essa pluralidade, todos tenham o mesmo espaço, capacidade de influenciar em decisões e, principalmente, sintam-se acolhidos. A igualdade se realiza no reconhecimento de que todos precisam ser tratados da mesma forma, com os mesmos estímulos, oportunidades e suporte.
Figura vista como ponto de segurança
A liderança inclusiva é um ponto de segurança para pessoas que, de algum modo, estão dentro de grupos considerados minorias, especialmente dentro do mundo corporativo. Quem ocupa esse lugar deve saber que seu papel é de grande responsabilidade, tendo como principal missão fazer com que essas pessoas sintam-se prontas para se desenvolver.
Há muitas empresas que já entenderam a necessidade de serem mais inclusivas, mas essa busca não pode ser movida apenas pelo desejo de atender o que o mercado julga como adequado. É fundamental ter um trabalho mais profundo e dedicado, por isso a figura da liderança inclusiva é indispensável.
O caminho para um líder inclusivo
A liderança inclusiva é construída em meio a algumas bases comportamentais e práticas que ajudam gestores e pessoas que ocupam papel de liderança. Da autocrítica à aplicação da empatia, tudo faz muita diferença para se colocar em diferentes perspectivas e entender dificuldades e situações.
Um ambiente em que todos se sintam incluídos e prontos para se desenvolverem não é algo implementado do dia para a noite. No entanto, empresas que ainda não buscam ser mais diversificadas estão atrás não só em questão competitiva, mas do ponto de vista social.
A seguir, confira quais são os exercícios que a liderança inclusiva precisa fazer para analisar sua atuação e o ambiente em que recebe pessoas!
Nunca ser negligente com injustiças
A busca por companhias mais inclusivas e diversas é uma busca por mudança que parte da sociedade. Hoje, por mais que os esforços sejam grandes e intensos, ainda é algo transicional.
Isso significa que a liderança inclusiva vai lidar com questões mal resolvidas, que podem ser até mesmo atitudes discriminatórias no ambiente de trabalho, ainda que sejam “involuntárias”.
É um trabalho que contesta o que durante muito tempo foi a regra. Um bom exemplo é a ocupação de mulheres em cargos de liderança, algo que ainda não é comum, por mais que já seja considerada absurda essa diferença.
Em momentos de decisões, ou no cotidiano de trabalho, o líder pode se deparar com colaboradores, de algum modo, boicotando opiniões e percepções dessas mulheres. Além disso, pode haver algum tipo de avaliação negativa em casos de licença maternidade.
É fundamental não ser negligente com esses e outros acontecimentos até mais graves, como discriminação com pessoas LGBTI+ ou portadores de alguma deficiência física. É fundamental agir para orientar, cobrar uma nova postura e, até mesmo, se for necessário, desligar o colaborador envolvido.
Exercer perspectivas jamais vividas
É difícil para uma pessoa que se encontra em padrões da sociedade entender, por exemplo, o que um deficiente físico viveu por toda a sua vida. As dificuldades, restrições, preconceitos e tudo mais que marcou sua trajetória vai, consequentemente, impactar quem ela é hoje.
Nessas situações, é fundamental exercer diferentes perspectivas e se propor o entendimento mais profundo.
Nem sempre, de primeira, é possível entender as necessidades que essas pessoas têm para se sentirem parte integrante de um time dentro de uma empresa.
Por mais que a liderança inclusiva seja qualificada e totalmente aberta a ideias, a voz do colaborador sempre fará diferença. O motivo disso é simples: só ele, dentro da sua diferença, tem a vivência real daquela perspectiva.
É impossível ter uma postura inclusiva sem tentar ver o mundo pelos olhos das pessoas que se incluem nesse grupo. Seus traumas, dificuldades e medos precisam ser profundamente entendidos, pois só assim é viável construir um cenário em que elas sejam parte valiosa de um grupo. Elas devem participar de processos decisivos para adequações que tornem tudo mais justo e igualitário.
Propor práticas e condições inclusivas
A diversidade é composta por muitas particularidades que cada grupo tem em seu cotidiano, coisas que muitas vezes não são simples de ser entendidas por quem está de fora. Uma empresa inclusiva precisa se capacitar a entender essas questões, para assim ajudar cada colaborador da melhor forma.
Pessoas trans, por exemplo, têm a necessidade de serem chamadas pelo seu nome social, o que é algo muito simples de ser feito, mas que gera um imenso impacto positivo.
Pessoas com deficiência física, seja qual for, têm demandas maiores em relação à acessibilidade.
Da mesma forma, mulheres sentem-se menos seguras em relação a algumas situações comuns e que não fazem diferença para homens. O assédio, por exemplo, é um problema real que se vive dentro de grandes empresas e precisa ser combatido.
O ideal é que, para cada uma dessas condições, haja práticas acolhedoras e que ajudem todos a se sentirem mais seguros e em condições justas de tratamento.
Exercer a empatia por todos
Colocar-se no lugar de outras pessoas é sempre importante, em qualquer momento da vida. Isso evita algo simples: tratá-las de um modo pelo qual não gostaríamos de ser tratados. Nesse caso, vale essa máxima, quando se fala de inclusão, mas vale também outra perspectiva: refletir sobre de que modo seria ideal ser tratado, sem benefícios, apenas com justiça e igualdade.
A liderança inclusiva precisa ter a capacidade de saber de que modo essas pessoas se sentirão incluídas dentro de um ambiente de trabalho diverso. Essa percepção deve partir, primeiramente, da visão de uma pessoa que é líder e tem toda a capacitação para ocupar esse lugar.
Além disso, a empatia permite um entendimento mais particular das necessidades que as pessoas têm em suas diferentes condições. Esse é o caminho para um tratamento que não é igual para todos, mas de igualdade, ou seja, com um constante esforço para que, dentro de diferenças e limitações, todos tenham os mesmos direitos e que aproveitem as mesmas oportunidades.
Seja humilde e faça autoavaliações
Quem ocupa um papel tão relevante precisa saber que a melhoria contínua não é algo que se consegue com facilidade. Como continuar sendo alguém que sabe olhar por diferentes perspectivas e busca a igualdade de direitos e oportunidades sem ser realmente humilde?
As falhas poderão acontecer, já que o processo realmente é complexo. Em meio a isso, a autoavaliação tem papel fundamental para não prolongar atitudes e erros que comprometam essa condição de uma liderança, de fato, inclusiva.
A humildade também é abrir um espaço para que essas pessoas opinem sobre o que elas precisam, afinal, o trabalho é voltado para elas.
Criar esse canal de comunicação é algo simples e que demanda apenas abertura. Você vai errar durante o processo, mas só você pode ter a humildade para reconhecer e se adaptar.
Outro ponto em que a humildade colabora, e muito, é admitir que sempre há muito a aprender. Nesse sentido, com a transformação digital, as fontes para pesquisar e se informar se tornaram inesgotáveis: nas redes sociais, em fóruns, blogs e outros ambientes digitais, os diferentes grupos que constituem minorias estão cada vez mais organizados e expressam ali suas demandas por inclusão.
As equipes de trabalho cada vez mais mostram diversidade, o que precisa ser visto como algo muito valioso. Diferentes perspectivas, experiências, culturas e realidades enriquecem o local de trabalho! A liderança inclusiva é fundamental para que tudo isso funcione de maneira harmoniosa.
Gostou deste conteúdo? Ele é atual e muito importante para as companhias. Agora aproveite e saiba mais sobre como construir um ambiente plural em uma empresa!
Conteúdo produzido pela Rock Content.
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