A tecnologia assistiva tem desempenhado um papel cada vez mais relevante na promoção da inclusão de pessoas com deficiência. É ela que têm permitido a superação de barreiras e o alcance do pleno potencial das PCDs.
No contexto dos surdos, em particular, a tecnologia assistiva desempenha um papel fundamental, garantindo seus direitos de comunicação e na promoção da participação em condições de igualdade, na sociedade.
No Brasil, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146), a Lei Brasileira de Libras (Lei 10.436) e o Decreto 5.626 estabelecem diretrizes importantes nesse sentido.
Continue lendo e entenda tudo sobre esse assunto.
O que o Estatuto da Pessoa com Deficiência fala sobre Tecnologia Assistiva?
Também conhecido como Lei Brasileira de Inclusão, o Estatuto reconhece e assegura os direitos das pessoas com deficiência, incluindo os surdos. Através desse instrumento legal, o Estado assume a responsabilidade de promover a igualdade de oportunidades e a plena participação das pessoas surdas em todas as esferas da vida social: educação, trabalho, lazer, cultura, saúde e comunicação.
No que diz respeito à comunicação, a Lei 10436/02 estabelece a Língua Brasileira de Sinais como uma língua oficial de uso da comunidade surda. Fica então reconhecida a sua importância para a comunicação e inclusão dessas pessoas.
Afinal, é a língua de sinais que permite que um número enorme de brasileiros surdos se expressem e interajam de forma plena, garantindo seu acesso à informação e à comunicação em diversos contextos.
A importância da tecnologia assistiva para os surdos.
A tecnologia chegou para tornar as coisas possíveis para as pessoas com deficiência. Para os surdos, ela desempenha um papel crucial.
Diversas ferramentas e dispositivos foram desenvolvidos para auxiliar as pessoas surdas em seu dia a dia. Um importante exemplo são os aparelhos auditivos e os implantes cocleares, que possibilitam a amplificação e a percepção dos sons. Eles permitem que as pessoas surdas tenham uma melhor qualidade de vida, uma compreensão da fala, o que torna a comunicação mais efetiva. Mas é preciso lembrar que nem todos os surdos os utilizam ou se adaptam.
Além disso, existem outros aplicativos que facilitam a comunicação entre surdos e ouvintes. São inovadoras ferramentas, como a plataforma SignumWeb, que possibilitam chamar o intérprete de Libras em tempo real, com ou sem agendamento prévio, eliminando barreiras comunicacionais e promovendo a inclusão.
Inclusive, hoje já é possível a realização de chamadas telefônicas por meio de videoconferência para um serviço de SAC, por exemplo. Esse recurso possibilita que as pessoas surdas realizem sugestões ou reclamações, de forma eficiente e independente, com a intermediação de tradutores/ intérpretes de Libras. Se ficou interessado, é só nos perguntar como é possível e teremos prazer em esclarecer.
O que diz o Decreto 5.626/05.
Esse Decreto estabelece diretrizes para a inclusão da Língua Brasileira de Sinais nos currículos escolares e na formação de professores, garantindo que os surdos tenham acesso à educação de qualidade em igualdade de condições com os demais estudantes.
Além disso, ele dá outras diretrizes, como por exemplo, a necessidade de empresas públicas, concessionárias de serviços públicos e empresas privadas implementarem medidas de acessibilidade em Libras. A tecnologia assistiva desempenha um papel fundamental na implementação dessas diretrizes.
A tecnologia assistiva também tem um impacto no âmbito profissional e no acesso à vida cultural.
Existem diversos dispositivos como sistemas de alerta visual para sinais sonoros, softwares de transcrição e tradução de textos em tempo real, bem como plataformas de videoconferência com intérpretes de Libras, que permitem que os surdos participem de reuniões, conferências e interações profissionais de forma eficaz.
Essas tecnologias auxiliam na comunicação e no acesso às informações, promovendo a igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho. Elas permitem também o acesso à educação, às artes e à cultura.
Entretanto é fundamental ressaltar que, apesar dos avanços tecnológicos, ainda existe a chamada barreira atitudinal. Trata-se de mais um desafio a ser superado para garantir a inclusão plena das pessoas surdas na sociedade.
Em suma, é necessário investimento contínuo. É preciso pesquisa e desenvolvimento de novas soluções, bem como na capacitação dos profissionais, para que possam oferecer suporte adequado às pessoas surdas. Isso inclui ações governamentais, parcerias com a iniciativa privada e programas de conscientização e capacitação nas escolas, universidades e locais de trabalho.
Promoção da inclusão e igualdade de oportunidades.
E síntese, com base nas diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei Brasileira de Libras e Decreto que regulamenta a educação dos surdos, a tecnologia assistiva tem o potencial de eliminar barreiras. Ela permite que as pessoas surdas participem plenamente da sociedade. Isso garante seus direitos e promove sua autonomia e independência.
A contínua evolução e investimento nessa área permitirão avançarmos rumo a uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Você está convidado a fazer parte de tudo isso. Vamos?