O censo IBGE, que será realizado em 2022, continua com o processo seletivo aberto para inscrição de recenseadores. As inscrições foram prorrogadas até 21 de janeiro de 2022 e visa suprir 206.891 vagas para todo o país.
Essa notícia interessa a muitos brasileiros. Apesar de ser um trabalho temporário, pode representar uma excelente oportunidade de ganho financeiro, nesse momento de tanto desemprego. Caso você tenha interesse, pode se inscrever no site da organizadora do concurso, a FGV – Fundação Getúlio Vargas. Mas corra porque o prazo está esgotando.
Quer saber mais? Leia aqui sobre o assunto.
O que é o Censo IBGE.
Certamente você sabe o que é o Censo do IBGE e a sua importância para o nosso país. Aliás, é importante pontuar que essa pesquisa acontece a cada dez anos. A última foi realizada em 2010 e deveria ter sido repetida em 2020. Porém, em função da pandemia, ela teve seu prazo prorrogado mais de uma vez.
O objetivo desse Censo Demográfico é fazer a contagem da população em todo o território nacional. Essa pesquisa é muito importante porque levanta dados capazes de revelar como vivem os brasileiros e quais são as suas maiores necessidades.
Além disso as informações produzidas são de grande relevância na elaboração de políticas públicas. Elas servem também para subsidiar a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada sob diversos aspectos, como por exemplo, na escolha do espaço geográfico onde uma empresa estabelecerá sua fábrica, gerando mão de obra para a população. Sendo assim, o Censo IBGE é aguardado com ansiedade por muitos setores da nossa sociedade.
Mas os recenseadores estão preparados para fazer falar com todo e qualquer brasileiro?
Os recenseadores, no exercício das suas atividades, deverão abordar os brasileiros e aplicar um questionário previamente elaborado. A grande questão que trago para reflexão é saber se os pesquisadores estarão habilitados para falar com todo e qualquer brasileiro.
É sabido que no nosso país existe outras línguas além do português, nossa língua majoritária. Podemos considerar, por exemplo, as línguas faladas pelos povos indígenas.
Entretanto aqui nesse espaço eu gostaria de falar de Libras, a língua Brasileira de Sinais. Essa língua foi oficialmente reconhecida através da lei 10436/02 como língua de uso da comunidade surda do nosso país.
Daí a pergunta: Que fará o recenseador que se deparar com um brasileiro que não tem o domínio do portugues? Como será possível produzir dados confiáveis sobre a comunidade surda do nosso país, sem uma adequada interação?
Como tornar o censo IBGE acessível ao surdo.
Obviamente esse profissional precisaria estar preparado para tornar o censo acessível a todos com que se depararem, com objetivo de aplicar o questionário. Mas ainda não é realidade no nosso país, o domínio de Libras pela maioria dos ouvintes. Esse lindo e utópico projeto talvez um dia se torne realidade, visto que já existem escolas primárias ensinando essa língua nas suas grades curriculares.
Também, por motivos óbvios, não é possível que cada pesquisador conte com intérpretes de Libras quando o entrevistado for um surdo.
Atualmente existem muitas dúvidas quanto ao número de brasileiros surdos, apontado no último recenseamento. Sabemos que foram contabilizados cerca de dez milhões de surdos. Mas não temos dados concretos sobre grau de surdez, quantos surdos são oralizados, quantos são usuários de Libras, em que momento da vida a surdez foi adquirida e quais são as suas causas. Especialmente necessitamos saber quais são as necessidades específicas dessa população. O que fazer para equacionar essas questões?
É grande a expectativa de que o censo 2022 resolva esse problema. Não podemos perder essa preciosa oportunidade, você concorda?
O Pesquisador deve estar preparado para falar com um surdo.
A boa notícia é que isso pode ser resolvido de forma rápida e simples, com o auxílio da tecnologia, já existem ferramentas, plataformas que podem ajudar a tornar o Censo IBGE 2020 acessível à comunidade surda.
Ela é fácil de ser utilizada por qualquer pesquisador. Com um simples clique, igual utilizamos para chamar um UBER, o recenseador chamará um intérprete de Libras, a tela do tablet ou de um smartphone e um profissional intérprete de Libras entrará para intermediar a comunicação.
A SignumWeb está muito interessada no assunto e disposta a orientar como tudo isso se tornaria possível,
Vamos construir um Censo justo, com a inclusão de TODOS os brasileiros?
Parabéns pelo Assunto abordado. É preciso sim, incorporar esta Tecnologia em parceria com o Censo IBGE.
Obrigada pelo comentário. Que outras pessoas entendam também a importância de usar a tecnologia para incluir.